domingo, 23 de janeiro de 2011

Escolas solidárias 2010/2011

O projecto Alma Solidária associou-se à Energia com Vida da EDP Gás, escolhendo como área de intervençao o Conviver com a diferença.

"Acreditamos que a solidariedade de cada um, vai balaçar a solidariedade do mundo".

Com este projecto queremos aprender a agir, começando por estar mais atentos a quem perto de nós precisa de ajuda, depois vendo em que medida podemos intervir e acreditando que no futuro esta aprendizagem feita agora na comunidade escolar pode ter levar-nos a uma atitude muito mais solidária na sociedade.

sábado, 8 de janeiro de 2011

A fome nas escolas

O Diário do Professor Arnaldo – A fome nas escolas

Ontem, uma mãe lavada em lágrimas veio ter comigo à porta da escola. Que não tinha um tostão em casa, ela e o marido estão desempregados e, até ao fim do mês, tem 2 litros de leite e meia dúzia de batatas para dar aos dois filhos.
Acontece que o mais velho é meu aluno. Anda no 7.º ano, tem 12 anos mas, pela estrutura física, dir-se-ia que não tem mais de 10. Como é óbvio, fiquei chocado. Ainda lhe disse que não sou o Director de Turma do miúdo e que não podia fazer nada, a não ser alertar quem de direito, mas ela também não queria nada a não ser desabafar.
De vez em quando, dão-lhe dois ou três pães na padaria lá da beira, que ela distribui conforme pode para que os miúdos não vão de estômago vazio para a escola. Quando está completamente desesperada, como nos últimos dias, ganha coragem e recorre à instituição daqui da vila – oferecem refeições quentes aos mais necessitados. De resto, não conta a ninguém a situação em que vive, nem mesmo aos vizinhos, porque tem vergonha. Se existe pobreza envergonhada, aqui está ela em toda a sua plenitude.
Sabe que pode contar com a escola. Os miúdos têm ambos Escalão A, porque o desemprego já se prolonga há mais de um ano (quem quer duas pessoas com 45 anos de idade e habilitações ao nível da 4ª classe?). Dão-lhes o pequeno-almoço na escola e dão-lhes o almoço e o lanche. O pior é à noite e sobretudo ao fim-de-semana. Quantas vezes aquelas duas crianças foram para a cama com meio copo de leite no estômago, misturado com o sal das suas lágrimas…
Sem saber o que dizer, segureia-a pela mão e meti-lhe 10 euros no bolso. Começou por recusar, mas aceitou emocionada. Despediu-se a chorar, dizendo que tinha vindo ter comigo apenas por causa da mensagem que eu enviara na caderneta. Onde eu dizia, de forma dura, que «o seu educando não está minimamente concentrado nas aulas e, não raras vezes, deita a cabeça no tampo da mesma como se estivesse a dormir».
Aí, já não respondi. Senti-me culpado. Muito culpado por nunca ter reparado nesta situação dramática. Mas com 8 turmas e quase 200 alunos, como podia ter reparado?
É este o Portugal de sucesso dos nossos governantes. É este o Portugal dos nossos filhos.
ADENDA: Uma explicação do Professor Arnaldo.

Visita a lar de idosos em Macieira Lousada

No passado dia 27 de Dezembro um grupo de elementos deste projecto juntou-se a alunos de Caide e de Idães, Felgueiras e a uma professora da Escola de Caíde, Lousada, realizando voluntariado num lar de idosos em Macieira, Lousada.






Chovia e estava um dia de muito frio. Ao chegarmos, o local fazia-nos arrepiar ainda mais. Tinhamos apenas uma sala gelada muito branca, cheia de cadeiras pretas e muitos idosos timidamente sentados, de olhar posto em nós... Mas em pouco tempo o ambiente estava quente e todos sorriamos. Depois de todos nos apresentarmos fizemos vários jogos, dançámos, fizemos vários exercícios físicos e houve ainda tempo para massagens e um belo lanche. Na hora de virmos embora emocionava a forma como insistiam para voltarmos. Soube bem perceber que, com tão pouco, conseguimos proporcionar uma tarde mais agradável a estas pessoas. Logo que nos seja possível, voltaremos!!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Cabazes de Natal



Graças à grande generosidade de todos aqueles que responderam positivamente ao nosso pedido de solidariedade com as famílias mais carentes dos alunos da Escola E.B 2, 3 de Sobreira, foi-nos possível oferecer 35 cabazes, que acreditámos contribuiram para um Natal mais acolhedor para estas famílias.